Preocupação com o Rastreamento do Câncer de Mama
O Conselho Federal de Medicina (CFM) expressou sua preocupação em relação à consulta pública nº 144, proposta pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Essa proposta visa alinhar o rastreamento do câncer de mama no sistema de saúde suplementar às diretrizes atualmente adotadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que recomenda a realização de mamografias a partir dos 50 anos.
Em uma nota direcionada a médicos e à sociedade, a autarquia ressalta que essa mudança pode prejudicar o acesso ao diagnóstico precoce do câncer de mama. O CFM enfatiza que a detecção em estágios iniciais é crucial para aumentar as taxas de cura, e a nova diretriz pode comprometer essas chances para muitas mulheres.
Segundo o CFM, a política atual do SUS para o rastreamento do câncer de mama é considerada equivocada, pois ignora a crescente incidência da doença em mulheres mais jovens. As evidências científicas apontam para a importância de iniciar as mamografias a partir dos 40 anos, e o momento atual deveria ser utilizado para reavaliar essas diretrizes, em vez de restringi-las.
O CFM defende que decisões que impactam a saúde das mulheres devem ser fundamentadas em evidências robustas e amplamente debatidas. É essencial garantir um cuidado mais eficaz e equitativo em todo o território nacional, promovendo a saúde das mulheres e aumentando a probabilidade de detecção precoce do câncer de mama.
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