Uma farmácia da rede Carrefour em Osasco (SP) vendeu um teste de glicemia com a agulha usada. O aparelho foi posteriormente colocado em contato com o sangue de uma enfermeira, que denunciou o caso à polícia, de acordo com informações do site “Metrópoles”. No vídeo ao qual o site teve acesso, o gerente da loja assume a venda do medidor já usado. Ao GLOBO, a rede Carrefour informou que desligou a funcionária que vendeu o aparelho violado.
O gerente da loja diz à mulher: “Eu vou te explicar, eu sou um cara muito honesto e muito transparente, fazem 25 anos que trabalho no varejo farmacêutico. A Drogaria Carrefour não faz testes. Acabei de ligar para ela (farmacêutica que vendeu o teste) para entender o que aconteceu. Este aparelho, ela usou porque o cliente ia adquirir o aparelho, estou sendo bem honesto e transparente com vocês. Ele ia adquirir o aparelho e não sabia usar. Ela fez um teste de demonstração para ele, ele achou muito complicado e não quis levar o teste. O que tinha que ter sido feito: esse aparelho tem que ir para descarte”.
A rede Carrefour informou que já desligou a farmacêutica envolvida no caso e que ofereceu apoio médico e psicológico à cliente “para o enfrentamento de qualquer risco de contaminação”. À coluna do Guilherme Amado, a enfermeira afirmou ter interrompido o tratamento de fertilização in vitro que fazia para tomar remédios de prevenção ao HIV e Hepatite B.
O aparelho teria sido mostrado à mulher na primeira segunda-feira de dezembro já com a agulha no medidor — o que a farmacêutica disse ser padrão da marca “Accu-Chek”. No entanto, ao chegar em casa, a enfermeira notou um teste já realizado na aba “memória”. De acordo com o manual, as agulhas deveriam estar dentro de um saco lacrado com dez unidades.
Veja a nota do Carrefour:
“Após tomar ciência do ocorrido, agimos de forma imediata para oferecer todos os cuidados necessários à cliente. É absolutamente inaceitável que uma situação como essa ocorra e, como consequência, desligamos a farmacêutica que agiu contra todos os protocolos da função, vendendo o aparelho violado.
Oferecemos apoio médico e psicológico à cliente para o enfrentamento de qualquer risco de contaminação. Até este momento, a cliente dispensou tal apoio, optando por buscar atendimento por outras vias – escolha que compreendemos e respeitamos. Já o marido da cliente está passando por acompanhamento psicológico disponibilizado pela empresa.
Reforçamos, ainda, que todos os pedidos de reembolso solicitados pela cliente já foram autorizados e estão sendo processados. Seguimos em contato com a cliente e seu marido, nos colocando à disposição para prestar todo tipo de suporte que for necessário para seus cuidados.”
FONTE: METRÓPOLE